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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rotação, núcleo e temperatura do ar da Terra podem explicar as alterações climáticas.


Segundo um novo estudo, os seres humanos têm mexido com o equilíbrio entre a rotação da Terra, as temperaturas do ar à superfície e os movimentos no núcleo derretido do planeta através de sua contribuição de gases para o efeito estufa.
Um dia na Terra consiste em 24 horas, que é o tempo que leva para o planeta fazer uma rotação completa. Ao longo do período de um ano, as mudanças sazonais ocorrem devido a trocas de energia entre os movimentos fluidos da atmosfera da Terra, os oceanos e a Terra sólida em si, que altera a duração de um dia por cerca de 1 milisegundo. Além disso, a duração de um dia na Terra pode variar em escalas de tempo mais longos, como os calendários interanuais (2 a 10 anos) ou os calendários decenais (10 anos).
Essas flutuações são explicadas pelo fluxo de ferro líquido no núcleo externo da Terra, que interage com o manto para determinar sua rotação. Lá é também onde o campo magnético da Terra se origina, e como os pesquisadores não podem observar os fluxos de ferro líquido diretamente, o campo magnético é observado na superfície.
Estudos têm mostrado que esse ferro líquido oscila em ondas de movimento que duram décadas, e têm prazos que se assemelham a flutuações do comprimento do dia na Terra. Ao mesmo tempo, outros estudos têm demonstrado que as variações no comprimento do dia na Terra estão estreitamente relacionadas às flutuações na temperatura média do ar na superfície.
Na nova pesquisa, a equipe ligou a rotação da Terra, as temperaturas do ar à superfície e o movimento no núcleo derretido do planeta através de mapeamento de dados existentes de observações anuais de duas séries, uma a partir de 1880, e outra a partir de 1860.
Segundo o estudo, as mudanças de temperatura não ocorrem apenas naturalmente, mas também são afetadas pelas atividades humanas. Através de modelos climáticos, os pesquisadores computaram as mudanças de temperatura causadas por atividades humanas.
Então, essas mudanças foram retiradas do total de registros da temperatura global. O que eles descobriram foi que esses dados de temperatura batem com as informações sobre a duração do dia terrestre e os movimentos do núcleo da Terra até 1930, mas depois disso, a temperatura do ar na superfície aumenta sem correspondência com as alterações nos movimentos do núcleo ou do comprimento do dia.
Ou seja, este desvio a partir de 1930 está ligado ao aumento dos níveis de gases emtidos por humanos que contribuem para o efeito estufa.
E os novos dados, que subtraem a atividade humana, tinham um recorde de temperatura que coincidia com os movimentos do núcleo da Terra e o comprimento do dia, o que demonstra como a atividade humana desequilibrou o clima na Terra.
Os pesquisadores não sabem por que as três variáveis se correlacionam, mas sugerem que os movimentos do núcleo da Terra podem interferir no campo magnético e fluxos de partículas carregadas, que por sua vez podem afetar a formação de nuvens. Isso também afeta a quantidade de luz solar que a Terra absorve, e o quanto dela é refletida de volta para o espaço.
Em suma, a pesquisa mostra que, nos últimos 160 anos, as mudanças na temperatura atmosférica correspondem a mudanças no comprimento do dia na Terra, se eliminarmos o efeito muito significativo do aquecimento global atribuído ao acúmulo de gases do efeito estufa devido à iniciativa humana, que mascara o equilíbrio natural que existe entre a rotação da Terra, o momento angular do seu núcleo e a temperatura em sua superfície.

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